Oposição diz que Palocci deve ser investigado apesar de renúncia
EFE
Oposição diz que Palocci deve ser investigado apesar de renúncia
Brasília, 8 jun (EFE).- A oposição manteve nesta terça-feira sua pressão sobre o agora ex-chefe da Casa Civil Antonio Palocci e insistiu que o aumento de seu patrimônio deve ser investigado apesar de ele ter renunciado ao cargo nesta terça-feira.
'Ele pode ter saído do governo, mas o crime permanece', disse o deputado Rubens Bueno, do PPS, que anunciou que sua legenda pedirá ao Ministério Público que continue as investigações, apesar do governo de Dilma Rousseff considerar o assunto 'concluído' após a demissão.
Palocci renunciou nesta terça-feira ao cargo de chefe da Casa Civil, um mês depois de ter explodido um escândalo sobre seu patrimônio, que segundo o jornal 'Folha de S. Paulo' se multiplicou 20 vezes desde 2006 mediante atividades de consultoria que podem ter implicado em tráfico de influência.
O agora ex-ministro admitiu que os números divulgados pela 'Folha' 'se aproximam' de sua realidade financeira, mas negou que tenha ultrapassado os limites da ética, apesar de ter atuado como consultor enquanto era deputado e durante os últimos meses de 2010, quando coordenou a campanha eleitoral de Dilma.
O senador Aécio Neves considerou que apesar das investigações em torno de Palocci terem que continuar no âmbito judicial, sua renúncia significa o fim da crise e admitiu que as suspeitas de corrupção afetavam direta e pessoalmente Palocci, não o governo de Dilma como um todo.
A chefe de Estado, após aceitar a demissão nesta terça-feira, designou como nova chefe da Casa Civil a senadora Gleisi Hoffmann, que assumirá o cargo nesta quarta-feira.
Fontes do PT disseram à Agência Efe que estão convencidos de que o momento da posse de Gleisi será 'o fim de toda a crise', pois 'a oposição não terá mais pólvora' para atacar o governo.
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